Biografias de autores em domínio público

ALMEIDA, Júlia Lopes de, 1862-1934. Autora de extensa obra para adultos e crianças, seu primeiro livro foi “Contos infantis”, em parceria com a irmã Adelina. Também fez sucesso com “Histórias da nossa terra”, “Era uma vez” e “O jardim florido”. Atuante na fundação da Academia Brasileira de Letras, teve seu nome preterido quando da decisão de manter a instituição exclusivamente masculina.

ALMEIDA, Presciliana Duarte de, 1867-1944. Educadora, colaborou em várias revistas voltadas para a área, escreveu livros e peças para o público infantil. Em 1909, participou da fundação da Academia Paulista de Letras, na qual ocupou uma cadeira.

AMICIS, Edmondo de, 1846-1908. Autor de “Coração”, que narra a vida de alunos de uma escola pública na Itália recém-unificada e foi adotado nas escolas de todo o país. Em 1891 o livro foi traduzido por João RIBEIRO (1860-1934), literato que alguns anos depois entraria para a ABL, e amplamente adotado nas escolas brasileiras.

BILAC, Olavo, 1865-1918. Poeta parnasiano, ocupou cargos na área da educação no período pós-República. Escreveu obras literárias e paradidáticas, sempre de teor realista, para serem utilizadas em sala de aula.

BOMFIM, Manoel, 1868-1932. Médico, historiador e pedagogo, foi Diretor Geral de Instrução Pública do Distrito Federal. Escreveu livros nas áreas de pedagogia e educação e alguns livros paradidáticos em parceria com Olavo Bilac.

BUSCH, Wilhelm, 1832-1908. Poeta, pintor e caricaturista alemão, publicou, em 1865, um livro ilustrado sobre os meninos Max e Moritz. A obra foi traduzida por Olavo Bilac, sob o pseudônimo “Fantasio”, e fez muito sucesso no Brasil.

LOBATO, Monteiro, 1882-1948. Escritor, editor e empresário paulista, mais conhecido por seus livros do “Sítio do Picapau Amarelo”. Foi um marco na história editorial, bem como na produção literária voltada para crianças no Brasil. Também traduziu várias obras clássicas e de aventuras para o português, tais como os livros de Tarzan, de Edgar Rice Burroughs.

MASCARENHAS, Aníbal, 1866-1924. Escritor, professor e jornalista, publicou livros para adultos e crianças, tanto com seu nome quanto com pseudônimos. Um dos mais famosos, Viriato Padilha, assina “Histórias do arco da velha”.

OLIVEIRA, Mariano de, 1869 – [19–?]. Educador paulista, publicou várias cartilhas e livros didáticos, que circularam amplamente em São Paulo, Mato Grosso e outros estados.

PIMENTEL, Alberto Figueiredo, 1869-1914. Cronista e jornalista carioca, publicou, entre vários livros, a coletânea “Contos da Carochinha” (1896), que reunia versões próprias de contos maravilhosos e de fadas. A obra inaugurou a Biblioteca Infantil da Livraria Quaresma.

PINHEIRO JÚNIOR, Luis Leopoldo Fernandes, 1855 – [19–?]. Escritor, professor e jornalista, autor do livro de poemas brasileiros e portugueses “Musa das escolas”. Em 1917, Alexina de Magalhães Pinto o incluiu na lista de livros que deveria compor uma biblioteca infantil ideal.

RIBEIRO, Hilário, 1847-1886. Escritor e professor no Liceu de Artes e Ofícios, publicou, ainda na década de 1880, a série “Instrutiva”, que recebeu vários prêmios e foi adotada em várias escolas até a década de 1930.

SCHMID, Christoph von, 1768-1854. Escritor alemão, um dos mais traduzidos autores para crianças e jovens durante o século XIX. Sua obra, de características exemplares, chegou ao Brasil, primeiramente, através de edições portuguesas; depois foi publicada aqui pela Laemmert, Melhoramentos e outras editoras.

VIEIRA, Adelina Lopes, 1850-1923. Nasceu em Portugal, onde publicou seu primeiro livro infantojuvenil, “Contos infantis”, em parceria com a irmã Júlia Lopes de Almeida. Colaborou em periódicos voltados para o público feminino, como “A Mensageira” (1899), foi uma das pioneiras da educação infantil no Rio de Janeiro e atuou em entidades de proteção à infância.

VOLTOLINO, 1884-1926.  Pseudônimo de João Paulo Lemmo Lemmi. Ficou conhecido por suas ilustrações para os jornais “O Malho” (1908-1909) e “O Pirralho” (1911-1917). Também desenhou o personagem Juó Bananére, personificação do ítalo-paulista criada por Alexandre Marcondes Machado. Mais tarde colaborou com a “Revista do Brasil”. De Monteiro Lobato, ilustrou “A Menina do Narizinho Arrebitado” (1920) e “O Marquês de Rabicó” (1922).